Gilmar Dal Pozzo, atual treinador da Chapecoense, cobrou ao Náutico na Justiça do Trabalho, um valor de R$ 956.811,50 por pagamentos de multa e verbas rescisórias. A cobrança nada mais é do que um desdobramento da ação que está em curso desde agosto de 2020, quando o Timbu alegou “abandono de emprego” do treinador. A informação foi divulgada pelo portal NE45 nesta terça-feira.
A ação, que está em curso na 13ª vara do Trabalho do Recife, ainda está sem nenhuma decisão concreta emitida. Tudo começou quando em 2020, o Náutico emitiu uma nota afirmando que o então treinador Gilmar Dal Pozzo tinha sido colocado para treinar o sub-23 da equipe, mas Gilmar disse que, na verdade teria sido demitido, e que o clube teria voltado atrás na decisão após descobrir que a multa de rescisão de contrato era de R$ 500 mil.
Gilmar só entrou com uma cobrança na Justiça agora porque estava esperando a sentença sobre a primeira ação ligada ao caso, que buscava reconhecer a demissão do treinador.
“A primeira ação tinha o objetivo só de reconhecer que Gilmar tinha sido mandado embora. Fizemos a audiência e ficou claro. O executivo trazido para testemunha, pelo Náutico, disse que se despediu do Gilmar. Temos dois anos para fazer as cobranças, então entrei com o pedido. Se a sentença só saísse depois, não teríamos direito”, comentou a advogada do treinador, Mariju Maciel, em entrevista ao GE.com.
O treinador até tinha conseguido uma decisão liminar na Justiça do Trabalho de Florianópolis, autorizando a rescisão do contrato por dispensa sem justa causa, mas no mês seguinte, o mesmo tribunal aceitou um pedido do Náutico para cassar a liminar de Dal Pozzo e enviar o processo para o Recife – no pedido, o clube alegou que o fórum adequado para o julgamento seria na capital pernambucana. Desde então, a ação está em julgamento na 13ª Vara do Trabalho do Recife.