Dado Cavalcanti foi o escolhido pela diretoria alvirrubra para salvar o Náutico de uma queda eminente para a terceira divisão. Com um contrato simples até o final desta temporada e sem multa rescisória, o treinador é o quarto treinador do Náutico só nesta Série B, e tem uma baita missão pela frente: evitar o rebaixamento do Timbu, estando na lanterna do campeonato com 21 pontos, cinco a menos que o primeiro time fora do Z4, com apenas 13 rodadas e uma probabilidade de 87,9% de risco de queda.
Em sua terceira passagem pelo Náutico, o treinador nunca teve uma missão tão delicada como a que terá pela frente, e Dado reconhece que este será um dos seus maiores desafios na sua carreira de treinador, iniciada em 2006.
“Eu caracterizo esse desafio do mesmo tamanho da oportunidade. Tenho contrato até o final do ano, mas algo que é mera formalidade porque esse contrato não tem multa rescisória. Na hora que o Náutico entender que eu não vou servir mais para as ambições, a minha saída pode ocorrer a qualquer momento. Mas isso, na verdade, é uma prova da confiança em relação a ter aceitado esse desafio”, iniciou o treinador.
“Esse foi um dos tópicos que eu comentei com os atletas. Poderia estar em casa e esperar as coisas acontecerem com a movimentação do campeonato, teria uma escolha de só voltar a trabalhar no ano que vem e iniciar um projeto. Essa talvez fosse a forma mais prudente de lidar com a ocasião. Mas eu visualizo esse desafio aqui com muita confiança de que nós podemos reverter dentro de campo. E tenho a convicção que podemos fazer algo diferente”, continuou.
Dado já terá uma grande tarefa na sua estreia na beira do gramado alvirrubro nesta sexta-feira. O Náutico joga contra o líder Cruzeiro, em Belo Horizonte. Sem muito tempo para conhecer a equipe, já que terá apenas três dias para treinar antes da viagem para Minas Gerais, Dado não quis adiantar nada sobre o time que entrará em campo na sexta-feira.
“Tenho informações preliminares, que são as mesmas que a imprensa tem e que a torcida tem. A partir do momento que eu chego e coloco os pés aqui dentro eu terei informações privilegiadas. Informações de bastidores, do dia a dia, o contato individual e pessoal. Então não posso me precipitar e dizer que eu quero fazer isso, sendo que no jogo de sexta-feira talvez eu não possa fazer o que eu quero. Vou buscar o máximo de informações possíveis, colher tudo o que posso da comissão técnica para que eu posso tomar a decisão mais assertiva possível em cima das hipóteses que eu tenho”, concluiu.
