Sem clima de euforia! Ratinho desabafa sobre diretoria e Martelotte prega evolução

Anderson Silva

Anderson Silva

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A classificação do Santa Cruz para a próxima fase da Série D, não foi o suficiente para evitar o desabafo que o lateral direito Ratinho fez após o fim da partida em entrevista à Rádio Jornal e à Rádio Clube.

O jogador frisou que durante a semana decisiva para o duelo contra o Lagarto, não houve nenhum movimento da diretoria em relação a cobranças ou apoio aos atletas.

“A diretoria não cobrou da gente porque está com o rabo preso devendo à gente”, disse.

Um dos problemas que Ratinho fez questão de explanar foi com relação aos salários atrasados dos funcionários e atletas. Ele chegou a ajudar um funcionário do clube, que estava passando por necessidades básicas.

“Nessa semana, eu tive que fazer pix para um funcionário comprar gás de cozinha. Isso dói em mim porque eu sou pai de família, sei das minhas origens. E tenho palavra, já quis falar isso antes. Presidente e diretor têm que estar do nosso lado”, desabafou.

Foto: Rafael Melo

Confira as outras declarações do jogador a respeito do resultado da partida e também do clima interno:

“A palavra-chave foi sobrevivência. Sabemos o quanto o clube está carente. É um alerta e desabafo: a diretoria tem que estar mais do nosso lado, tem que jogar junto. O que esse grupo está fazendo, nenhum outro fez. A bola pune se as coisas não estiverem corretas”.

“Muitas vezes, torcedor acha que jogador é mercenário quando se pronuncia. Principalmente no Brasil. Mas me diga uma coisa: quem está ganhando rios de dinheiro no Santa Cruz para ser mercenário? Quando eu falo, estou brigando por mim, pelos meus companheiros, pelos funcionários”.

Treinador do Santa Cruz se pronuncia 

Em coletiva de imprensa após o duelo de ontem, o treinador do Santa também comentou a respeito das declarações polêmicas de Ratinho.

“Não sei o que ele falou. Ainda vou ouvir o jogador. O que o presidente falou, não vou mexer uma vírgula. Em termos de esforço da diretoria, do pagamento de direito de imagem. O Santa vive hoje da presença do torcedor no estádio. As dificuldades existem. Sei o que o clube passa, mas se você tem a expectativa de achar um clube diferente, você não vai encontrar. Isso não significa que a diretoria não se esforça em honrar os compromissos. O presidente esteve aqui na quinta, assim como a diretoria inteira. Temos que ver o que foi dito e qual é o pensamento do jogador. Falei aqui quando cheguei: o jogador que estivesse insatisfeito, eu não ia querer trabalhar. Naquela época, se falava em uma saída em massa, mas não aconteceu. Tivemos algumas saídas nesse período, como Rodrigo Yuri e Guilherme, que me comunicaram que queriam sair por conta de outras situações. E não vou segurá-los. Só ficará aqui quem pensa no sucesso do Santa”, afirmou.

O Santa irá encarar o Retrô na próxima fase de mata-mata. O técnico Marcelo Martelotte falou sobre a importância da equipe mostrar mais regularidade durante as partidas. 

“Agora, pensando no mata-mata, sabemos que não podemos oscilar tanto. Regularidade é a palavra que vamos buscar. Hoje, eu saio aliviado pela classificação, mas não eufórico”, completou.

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