A 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sentenciou o Santa Cruz nesta quarta-feira (23), a pagar uma multa de R$ 3 mil devido ao desligamento nas torres de iluminação do estádio do Arruda, durante a partida contra o CSE válida pela sexta rodada da Série D do Campeonato Brasileiro.
O juiz procurador Rafael Bozzano questionou a defesa do clube ao apontar que no momento do desligamento das torres, não havia chuva no local. “Demonstra não que existe uma prova da concessionária responsável pelo fornecimento de energia do local de que as intempéries do ambiente tenham interferido no fornecimento. Não há como afastar a responsabilidade do clube”, afirmou.
O advogado do clube, Osvaldo Sestário, apresentou o resultado de um laudo expedido por uma empresa de consultoria, que concluiu que o estádio do Arruda tem todos os laudos exigidos pela CBF para que se tenha jogos do Campeonato Brasileiro. A consultoria contratada ouviu todos os funcionários e concluiu que a possibilidade de uma ação intencional do clube foi descartada pela necessidade de desligar as quatro torres de iluminação.
“Conversei com o funcionário do clube e ele relatou que o para-raios foi queimado por um raio dias antes e houve um desgaste que não foi notado. ‘Foi um problema causado pela umidade que havia no local’, segundo ele”, completou o advogado.
Mas a relatora do caso, Adriene Silveira Hassen, lembrou que a demora para o reinício da partida foi de 22 minutos, e não enxergou nenhuma outra hipótese a não ser responsabilizar o clube por não garantir o fornecimento de energia, sugerindo a multa de 3 mil reais. O juiz Rodrigo Salomão ressaltou inclusive a demora do Santa Cruz em providenciar o laudo investigativo, e o presidente da comissão o juiz Jorge Galvão, optou por acatar a sugestão da relatora e multou o Tricolor.
O clube CSE também foi multado pela demora em reiniciar a partida em quatro minutos, mas a multa foi de apenas R$ 100,00.
