Roberto Fernandes reclama sobre responsabilidade na atual situação do Náutico: “É ridículo isso”

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Debaixo de uma grande pressão no cargo como treinador do Náutico, Roberto Fernandes criticou após a partida contra o Sport, os pedidos de demissão cobrados por membros do clube, devido à atual situação do Timbu na Série B, cenário que se repete nos Aflitos, após Hélio dos Anjos, Chamusca e Felipe Conceição.

Após ser questionado sobre a sua capacidade de extrair alguma coisa do elenco alvirrubro, o treinador dividiu a responsabilidade dos últimos resultados, principalmente pelo fato de não conseguir formar uma escalação ideal com as peças que foram disponibilizadas para ele.

“O que mais me deixa chateado dentro desse contexto é a ignorância do conhecimento do que é um processo no futebol. Quando me pergunta ‘o que pode se tirar desse time ainda?’ Aí eu digo ‘por acaso eu adotei o time que a gente idealiza como sendo o titular?’ Seja por lesão, seja por jogadores que foram contratados. Do presidente ao mais humilde funcionário, todo mundo sabe que pontualmente o Náutico precisa de reforços e que vai reforçar. Se tem essa consciência, por que a cobrança é só em cima do treinador?”, questionou Roberto.

“Então, eu vou nem dizer o que é. É cultura. O cara que não tem nada a ver com isso, não está dentro do processo, dá pitaco, reclama. Faz parte, agora veja que nos clubes que vêm dando certo o futebol no Brasil, nos últimos anos, se todos eles em algum momento não passaram por um momento de dificuldade e sabem o que está acontecendo, sabe o porquê disso e das soluções e tem momentos em que essa solução pode estar aqui”, continuou o treinador, exemplificando os pontos de melhora da equipe.

“Por exemplo, todo mundo viu que absolutamente ainda fora de forma, o Geuvânio é um cara que vai agregar. Agora, ele vai agregar hoje? Que entrou faltando 15 minutos e em 15 minutos ele abafou? Então, todo mundo tem a expectativa de que o Geuvânio, numa sequência, é um cara que vai agregar. O Kieza também. Está retornando e vai agregar mais na frente, com dois ou três jogos.” E voltou a se queixar. “Aí tira o treinador… Eu tive a oportunidade que esse treinador (substituto) vai ter em relação a reforços e recuperação de jogadores do departamento médico?”, falou Roberto, reforçando o questionamento.

Roberto também comentou sobre a prática de culpar o treinador pela situação momentânea da equipe: “Faz tempo que estou no futebol. O futebol vive uma coisa muito séria, e as pessoas que mais estão capacitadas dentro do futebol são as que estão entre atletas e comissão técnica. O futebol tem disso, tem dessas coisas. Tive uma reunião na segunda-feira com a diretoria e todo mundo foi consciente de que em algumas posições, pelas perdas que tivemos, a equipe precisa se reforçar. E como a culpa é só do treinador? Resolva esse paradoxo. Você tem consciência de que em algumas coisas a gente precisa se fortalecer. Mas não, vamos encontrar um bode expiatório. É ridículo isso”, concluiu.

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