Caso dos uniformes! Árbitro registra na súmula e Náutico pode ser punido

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A noite de terça-feira do Náutico foi uma para ser apagada da história do clube. Além da derrota por 3 a 2 para o Vasco, o Timbu ainda foi protagonista de uma cena bizarra antes da partida. Com o jogo marcado para as 19h, o elenco alvirrubro só saiu do vestiário 15 minutos após o horário previsto – o motivo seria um atraso na entrega do padrão novo do Náutico, que iria estrear na partida.

O presidente do clube, Diógenes Braga, se pronunciou após a partida, explicando o motivo do atraso: “Quero pedir desculpas a todos. Quando ocorre uma situação inesperada, existem dois caminhos. Buscar culpados ou buscar soluções. Busco soluções. Vou tentar explicar o que aconteceu. Não quero transferir responsabilidade. Ela é do clube. Estou aqui para assumir”, começou o mandatário.

Diógenes Braga explicou o processo de produção dos uniformes, e informou que o fornecedor dos números na camisa, que é diferente do fornecedor das camisas, não enviou a numeração para o processo de adesivagem. “Os uniformes são preparados antecipadamente. Trabalhamos muito para que esse uniforme estivesse em campo hoje. Existe a questão da numeração. Foi o grande ponto da história. Existe o transfer e o silk. O transfer é como se fosse a colagem de um número. O silk é como se fosse a pintura do número. Temos um fornecedor de camisas e outro diferente de números. Quando chegou essa remessa de camisas, o fornecedor de número não mandou”, explicou.

O clube então foi atrás de uma alternativa em uma outra empresa, que prometeu entregar os uniformes às 14h. Mas com o número reduzido no quadro de funcionários devido às chuvas em Recife, não conseguiram entregar a tempo.

“Temos um fornecedor local que atende os três grandes clubes de Pernambuco. Buscamos a alternativa de fazer uniformes. Normalmente os uniformes ficam prontos 24 horas antes do jogo. O fornecedor nos colocou que, mesmo em silk, os uniformes estariam prontos hoje por volta das 14 horas. Por conta das chuvas, a empresa teve uma diminuição do quadro de funcionários hoje. Então, houve uma diminuição do volume de trabalho, o que gerou todo esse atropelo, que fez o uniforme chegar atrasado ao jogo. O clube está registrando isso para explicar resumidamente o que aconteceu. O clube pede sinceras desculpas para a torcida”, comentou o presidente.

Devido ao atraso, os uniformes foram entregues, minutos após o horário do apito inicial, em um saco de lixo, na garupa de um motoboy, como foi registrado pelo repórter Rafael Cabral, do ge.com.

Tudo isso resultou em uma cena bizarra, com o elenco do Vasco e a equipe de arbitragem perfiladas durante a execução do hino nacional, sem o Náutico em campo. O Árbitro da partida, Flávio Rodrigues de Souza registrou na súmula o ocorrido:

“A partida iniciou com 15 minutos de atraso, devido à entrada tardia da equipe do Náutico para os procedimentos de início do jogo, conforme relatado no scout. A partida reiniciou com 5 minutos de atraso, também devido à entrada tardia da equipe do Náutico para o campo de jogo, conforme informado no scout”, destacou o juiz.

A multa por atraso, prevista no Artigo 206 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), varia entre R$ 100,00 até R$ 1.000,00 por minuto. No caso do Timbu, que atrasou a partida em 20 minutos, pode ser multado em até R$ 20 mil reais.

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