Victor Ferraz minimiza dificuldades do Náutico para treinar: “Fica em segundo plano quando se fala de vidas”

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O planejamento do Náutico foi comprometido durante esta semana devido às fortes chuvas que atingiram a região metropolitana de Recife, que declarou estado de emergência. São 93 mortes confirmadas na RMR, ocasionadas pelos deslizamentos de barreiras que ocorrem desde o começo da semana. 26 pessoas estão desaparecidas e 5 mil estão desabrigadas.

A rua de acesso ao CT do clube desmoronou devido ao riacho que atravessa o centro de treinamento ter transbordado e os atletas não puderam fazer atividades no sábado e domingo. Tudo isso, porém, está em segundo plano para o lateral-direito Victor Ferraz, que alertou para a situação dos pernambucanos que perderam tudo, inclusive entes-queridos, na chuva.

“O estado inteiro está passando por uma dificuldade muito grande. É muito, muito triste, as imagens que a gente tem acompanhado, bastante sofrimento. Bastante pessoas perdendo familiares, suas casas, alimento, toda uma situação muito difícil. Obviamente, o nosso treinamento diante disso acaba ficando em segundo plano quando se fala de vidas de outras pessoas”, afirmou.

Para Ferraz, as famílias atingidas pela chuva são mais importantes no momento do que futebol. Foto: Tiago Caldas / CNC

O treino do sábado foi cancelado por conta do desmoronamento, mesmo cenário da quarta-feira passada, quando parte da estrutura tinha caído e o treino foi comprometido. Nesta segunda-feira, além do trabalho físico em uma academia no Rosarinho, os atletas do Náutico treinaram no CT do rival, Sport.

“É muita dificuldade pra trabalho, mas a gente está tentando se virar como pode, a diretoria aí junto com o presidente tem tentado dar a melhor condição pra gente continuar o nosso trabalho, porque mesmo em meio a muita dificuldade a gente sabe que o campeonato não vai parar”, comentou.

Victor Ferraz pediu para que os torcedores pernambucanos façam a sua parte na ajuda aos desabrigados e as parentes desamparados, que perderam seus familiares e agora estão sem nenhum lugar para ir, e que esta situação está acima do futebol.

“Eu acho que é um momento de a gente mostrar a humanidade, da gente se unir como ser humano mesmo, de poder dar uma ajuda. A gente, como atleta também ajuda da maneira que a gente pode, até porque, de verdade, muitos aqui têm uma condição um pouco melhor, então conseguimos ajudar da melhor maneira”, falou Victor.

“Mas, obviamente, a torcida do Náutico é muito grande, e as outras torcidas também. Unindo se consegue arrecadar muito mais, então procure aí os pontos de arrecadação que estão sendo divulgados nas redes sociais aí do Náutico. É o momento de todo mundo fazer isso”, concluiu.

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