É comum vermos que técnicos brasileiros durem pouco em seus cargos diantes das equipes do nosso futebol, algo que já se tornou comum por aqui. Contudo, alguns profissionais parecem estar cansados disso, como é o caso de Fernando Diniz, atual técnico do Fluminense. Em entrevista coletiva que foi dada no sábado (20), o treinador da equipe carioca fez questão de dar sua opinião sobre a situação dos técnicos brasileiros, além de também comentar sobre o espaço que os estrangeiros vem ganhando em nosso futebol nos últimos anos.
“Vocês [jornalistas] são os que mais batem em treinadores. Vai vir um monte de treinador estrangeiro e aqui a moda é o seguinte: vai vir, não vai ganhar e vai ser mandado embora. Quantos treinadores estrangeiros o Botafogo já teve? E o Cruzeiro? Mesmo processo, o cara vem e perde… Achei ridículo o que aconteceu com o Carpini e também com os estrangeiros. Não é o brasileiro que não serve, ninguém serve. Só se ganhar”, disse Diniz.
Além disso, Fernando Diniz também aproveitou para valorizar alguns profissionais brasileiros, que, para ele, não parecem ter o mesmo tempo de avaliação de trabalho como ocorre com técnicos estrangeiros. Na visão de Diniz, os técnicos do nosso futebol tem menos tempo para trabalhar se for comparado com quem vem de fora, algo que atrapalha bastante no desenvolvimento do trabalho.
“O Abel não está aí há um monte de tempo porque é bom. Ele é bom mesmo, mas só está aí porque ganhou. E teve momentos que se não ganha uma ou outra Libertadores, tinha uma pressão e poderia ter algo diferente. Tem um monte de treinador brasileiro bom. Mas tem menos tempo. O Roger Machado, que é um excelente treinador, ficou um tempão fora do mercado. Zé Ricardo, Barroca, Vagner Mancini, todo mundo é bom treinador. Agora, a gente acha que só é bom quem ganha”, criticou o comandante tricolor.
Foto Destaque: Técnico Fernando Diniz, do Fluminense. (Foto: Reprodução/Internet)