Neymar vai ter que operar o joelho após a grave lesão no ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo na partida contra o Uruguai, na última terça-feira (17), pelas eliminatórias. E a contusão do craque pode fazer o Al Hilal receber uma ‘bolada da Fifa’ que chegaria a R$ 39 milhões caso os valores máximos para um atleta sejam acionados.
Mas como isso funciona? A entidade que controla o futebol mundial tem um Programa de Proteção de Clubes (FIFA Club Protection Programme) que consiste na indenização ao clube que perde um jogador lesionado a serviço da seleão principal em competições Fifa. Essa quantia financeira é ‘liberada’ quando o tempo de recuperação ultrapassa 28 dias.
Para proteger os clubes, a Fifa limita a cobertura durante um ano e em 7,5 milhões de euros (R$ 40 milhões na cotação atual) por pessoa, com uma totalidade chegando a 80 milhões de euros (R$ 428 milhões). O valor máximo que a entidade desembolsa por cada jogador é de 20 mil euros (R$ 107 mil) por dia.
No caso de Neymar, a lesão deve tirar o brasileiro de combate por um longo período. Especialistas da área de ortopedia afirmam que, em média, a recuperação dura de nove a 12 meses depois da realização da cirurgia de reparação. Com isso, o Al Hilal, caso acione a Fifa, pode receber uma alta quantia pelo tempo sem Neymar. Os valores, é claro, são feitos através de estimativas e não têm um cálculo exato.
Caso o brasileiro fique o tempo máximo da recuperação e também da cobertura do ‘seguro’ da Fifa (12 meses) e se encaixe no ‘teto do seguro’, já que o Al Hilal paga a Neymar um dos maiores salários do mundo (um acordo de 320 milhões de euros em dois anos), os valores serial altos. Sendo assim, pegando essa estimativa total, o time árabe poderia embolsar até R$ 39 milhões se o valor máximo de R$ 107 mil fosse confirmado nos 365 dias de um ano.
A cirurgia de Neymar ainda não tem uma data confirmada. Segundo apuração do portal ESPN, o departamento médico da CBF trabalha inicialmente com a projeção de que o astro possa regressar aos gramados em oito meses.
Fontes ouvidas pela reportagem ressaltam, inclusive, que a Confederação acredita que conseguirá ter Neymar na Copa América de 2024, que será disputada nos Estados Unidos.
Caso retorne mesmo em oito meses, o camisa 10 teria liberação para voltar a jogar justamente no meio do ano que vem, às vésperas do início do torneio, que começa em 20 de junho.
Se Ney ainda não tiver condições de atuar na fase inicial da Copa América, a expectativa é que ao menos ele esteja à disposição para a fase mais aguda do certame, que se encerra em 14 de julho.