A curiosa transição da Seleção Brasileira

Anderson Silva

Anderson Silva

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Nos últimos dias foi definido que o técnico Fernando Diniz, do Fluminense, ficaria no comando da Seleção Brasileira até a chegada de Carlo Ancelotti, que atualmente está no Real Madrid. Apesar de gostar do nome do técnico brasileiro, de suas convicções e de seu modelo de jogo, eu acho essa escolha um tanto curiosa. Perdoem aqueles que realmente acharam essa uma grande ideia, mas eu achei completamente aleatória. Essa decisão não tem o menor sentido.

Um dos fatores que mais me chama a atenção nessa transição é o fato de Fernando Diniz e Carlo Ancelotti não terem nada em comum. Quando eu digo que não tem nada, é nada mesmo! Eles nunca trabalharam juntos, não sei se já se viram em algum momento da vida e não vejo ligação entre um e outro. Além do mais, eles são treinadores com modelos de jogo bem distintos, algo que pesa bem mais para mim.

Técnico Fernando Diniz, do Fluminense. (Foto: Reprodução/ Internet)

Eu adoro o modelo de jogo de ambos os técnicos, mas eles são completamente opostos. Acho que todo mundo tem uma leve noção sobre isso. Faria mais sentido o Diniz ser chamado caso a bola da vez fosse um Pep Guardiola, um Unaí Emery, um Arteta ou um Kompany. Todos esses nomes bebem da mesma fonte do futebol que Fernando Diniz utiliza em seus trabalhos – trabalhos esses que utilizam bastante conceitos parecidos. Mas sabem o que todos esses nomes têm em relação com Carlo Ancelotti? Absolutamente nada, são todos opostos.

Além disso, acho curiosa essa dinâmica que Fernando Diniz terá trabalhando com a Seleção Brasileira e o Fluminense. Isso mesmo, o treinador seguirá nos dois trabalhos ao mesmo tempo. As inúmeras polêmicas que isso poderia gerar para a entidade CBF, para o Fluminense e para o próprio Fernando Diniz são incontáveis.

Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, na semifinal do Mundial de Clubes. (Foto: Susana Vera/Reuters)

Na minha visão, a CBF parece estar completamente perdida com o que deve fazer com a seleção, apostando no acaso para tomar decisões. Claramente não houve um estudo profundo na hora de tomar essa decisão. Caso tenha tido um estudo, seria interessante refazê-lo imediatamente.

Foto Destaque: Fernando Diniz será o interino da Seleção Brasileira até a chegada de Carlo Ancelotti. ( Foto: Rodrigo Ferreira/CBF)

 

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