Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press
O empate do Sport no confronto de ontem(17), diante do Vasco foi motivo de grande repercussão na mídia. Porém, o placar não foi o principal motivo da relevância do duelo, mas sim, a confusão gerada em um lance de pênalti influenciado pelo VAR, que desencadeou a invasão de alguns torcedores do Sport, após comemoração do atleta Vascaíno.
Em entrevista coletiva, após a decisão do árbitro de encerrar a partida, o vice-presidente de futebol do Sport Augusto Carreira fez duras críticas ao atacante Raniel, autor do gol de empate do clube carioca, por ter comemorado em frente a torcida do time mandante.
“Atletas que não têm o menor preparo para vestir a camisa de um time da grandeza do Vasco da Gama. Coisa de moleque, ir para uma torcida e depois querem colocar a culpa na torcida”, disse.
O VP também fez questão de frisar que não concordou com a atitude de alguns torcedores do Leão que invadiram o campo.
“Incidentes acontecem, lamentáveis. E aí eu quero dizer que a diretoria do Sport não compactua com esse comportamento que a torcida teve. Uma torcida específica, que provocou toda essa situação. Nós não compactuamos com isso. Embora, foram provocados por pessoas que devem ser punidas e o Sport vai cobrar uma punição veemente. Não foi só um jogador do Vasco da Gama, não. Foi mais de um. E quem provoca, quem dá causa, é beneficiado?”, comentou.
Além de tecer críticas ao clube carioca, Carreiras também criticou a atitude do árbitro da partida juntamente com o VAR. A partida estava caminhando para o seu final quando aos 42 minutos do segundo tempo, Saulo espalmou a bola de Gabriel Pec e, no rebote, Alex Teixeira caiu após lance com o goleiro rubro-negro. O juiz não marcou pênalti durante o lance, mas depois foi chamado pelo árbitro de vídeo para analisar a jogada.
“O Sport sofreu e vem sofrendo com falta de critério entre o VAR e o juiz de campo. Não é choro. Não é choro de perdedor, até porque não perdemos. A cara de constrangimento do Raphael Claus quando ele volta para o campo para marcar o pênalti, é uma coisa que entristece o futebol. Ele disse aos atletas que não foi pênalti e depois foi obrigado a marcar o pênalti”, frisou.
Após a invasão de parte dos torcedores rubro-negros durante a partida, jogadores e comissão técnica do Vasco correram para os vestiários. O confronto ficou paralisado por mais de 50 minutos, até que o juiz decidiu encerrar o jogo. O VP garantiu que a PM tinha assegurado segurança para a continuação do duelo, mas frisou que o árbitro não quis averiguar as condições do campo fazendo questão de apenas finalizar a partida.
“O tenente coronel Washington disse que tinha condições de segurança para que a partida seguisse e inesperadamente o trio de arbitragem resolve ir para o vestiário tomar a decisão. Raphael Claus chama o comandante de policiamento, os treinadores e dirigentes para comunicar que não voltaria, alegando que não teria condições de garantir a segurança. Ele teria que ter ido verificar as condições do campo”, finalizou.