Ex-presidente do Bahia conta detalhes do processo de venda da SAF do clube

Anderson Silva

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No ano passado, o Bahia teve um crescimento gigantesco ao dar um passo inovador em sua história. Em 2023, o clube baiano teve êxito na sua venda da SAF ao Grupo City, responsável por gerenciar vários times de futebol no cenário atual. Na época em que isso aconteceu, Guilherme Bellintani ainda era o presidente do clube, sendo um dos cabeças para que as negociações ocorressem da melhor maneira possível. Nos últimos dias, o ex-mandatário do clube baiano tratou de conceder uma entrevista ao Bola da Vez, onde explicou mais detalhes sobre isso.

“Eu fui na cara de pau. Foi ótimo! Na verdade, eu primeiro contatei o Cadu, que hoje é diretor esportivo do Bahia, e o Cadu me falou: ‘Não tem chance, o City já está avançando com um clube no Brasil e está bem avançado, acho muito improvável…’. Eu até desconfio qual seja o clube, mas não vou falar porque… Mas era um clube menor, não era um clube de Série A do futebol brasileiro”, disse o ex-presidente.

Cauly, meia do Bahia, na partida contra o Palmeiras na Arena Fonte Nova pelo Campeonato Brasileiro Felipe Oliveira/EC Bahia

Na oportunidade, Guilherme Bellintani explicou que precisou ser um pouco mais chato que o convencional para conseguir ter uma conversa franca com os responsáveis por adquirir a SAF do Bahia, precisando se esforçar bastante. Felizmente, o acordo foi fechado e hoje o Bahia consegue se sustentar muito bem na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, fazendo frente a grandes times do cenário nacional. Bellintani comandou o Bahia por cerca de 6 anos, conquistando quatro Campeonatos Baianos e uma Copa do Nordeste.

“Conseguimos, talvez um mês e meio depois disso, ter uma conversa um pouco mais estruturada. Que já passou do ‘vou ouvir o que você está falando por educação’ para ‘deixa eu ver o que esse cara está falando aqui’, sabe? Aí ele falou assim: ‘Você consegue me mandar as informações básicas do Bahia?’. Eu falei: ‘Consigo. Me dá um e-mail.’ Em 24 horas estava o e-mail com seis anos de auditoria do clube, balanço, aprovação de contas, dívida controlada e dito quanto a gente deve de quê, enfim, todas as atas de aprovação das contas, tudo redondo como a gente tinha no clube. O clube devia bastante, mas a gente conhecia a dívida, sabia quanto era, estava cumprindo dessa, dessa e dessa forma. E já mandei também uma tese: por que comprar um clube no Nordeste e não em São Paulo? Ou no Rio? Eu defendi isso, porque o Nordeste é mais barato”, concluiu.

Foto Destaque: Guilherme Bellintani, então presidente do Bahia, à esquerda, ao lado de Ferran Soriano, CEO do Grupo City, no evento de oficialização de venda da SAF Felipe Oliveira / EC Bahia

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