No último sábado (04), após o empate do Corinthians com o Fortaleza na Neo Química Arena, em duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, o técnico da equipe do Corinthians se juntou a outros grandes nomes do futebol brasileiro, sendo a vez dele de criticar a CBF por conta do calendário de jogos do nosso futebol. Nas últimas temporadas, muitos treinadores já deram o mesmo discurso, afirmando que o calendário aplicado aqui torna muito difícil a realização do esporte com grande qualidade.
”As pessoas podem pensar que 10 dias para trabalhar e vai sair daqui o Barcelona ou o Manchester City. O futebol não é assim. Eu não consigo só treinar e não ter a competição. A competição mede a real condição física e tática da equipe. Evidente que com a quantidade de jogos exista uma fadiga e se reparar tem sido sempre a mesma coisa. Não tem a ver com a condição física da equipe e sim o desgaste que ela vai acumulando. Isso pesa e muito. Por isso a minha crítica à CBF. Eu percebo a dificuldade que é enfiar jogos… É um destrato enorme para os jogadores, é uma falta de respeito até para nós. Se eu fico cansado, imagine eles”, iniciou o técnico da equipe paulista.
Além disso, o treinador do Corinthians ainda foi sincero ao afirmar que essa longa rotina de jogos é algo que afeta diretamente no desgaste físico dos atletas, prejudicando o bom futebol das equipes do Brasil ao longo do tempo. Segundo o próprio António de Oliveira, isso se torna até mesmo uma falta de respeito com os atletas das equipes de futebol, que não possuem um tempo necessário para se recuperarem após os jogos.
“Jogamos quarta, sábado e agora terça. Isso não tem a ver com a condição física da equipe, tem a ver com o desgaste que ela vai acumulando, isso pesa. Entendo a dificuldade que é enfiar jogos, o nosso estava marcado para 16h. É um desrespeito, uma falta de respeito com os jogadores. Não temos tempo para recuperar, teriam que ter mais respeito porque vamos representar o país fora dele na terça. E o Corinthians sai prejudicado dessas situações. Não sei se existe alguma coisa contra o clube, mas eu espero que não. Eu quero ver se alguém vai se responsabilizar por isso caso eu perca jogadores porque depois sou eu que tenho que vir aqui e não o que estava na secretária marcando jogos, batendo palmas ou jogando PlayStation”, disparou o treinador.
Foto Destaque: António Oliveira durante Corinthians x Fortaleza pelo Brasileirão Renato Gizzi/Photo Premium/Gazeta Press
