O atentado sofrido pelo ônibus do Fortaleza após o empate em 1 a 1 com o Sport, pela Copa do Nordeste, na noite desta quarta-feira (21), deixou os fãs de futebol inconformados. A sensação é ainda mais evidente por quem presenciou o caso.
Através de suas redes sociais, o zagueiro Titi, que estava dentro do ônibus atingido por bombas e pedras, fez um longo desabafo, enfatizou a sorte que ele e seus companheiros deram de ninguém sofrer graves lesões e cobrou uma atitude da CBF, citando nominalmente o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
“Só quem estava dentro daquele ônibus sabe que foi um milagre não ter acontecido uma tragédia maior. E hoje a gente vê nota de repúdio, todo mundo falando sobre o assunto. Nós precisamos sim fazer uma reflexão mais profunda, cuidar melhor desse esporte tão querido que é o futebol brasileiro. CBF, chegou o momento. Presidente Ednaldo, o senhor tem a oportunidade de realmente fazer algo de impacto contra esses vândalos, contra esses bandidos”, iniciou ele, temendo passar por situações ainda piores no futuro.
“É inadmissível tudo que aconteceu na noite de ontem. Não podemos aceitar e achar normal. Antes era uma pedra. Ontem foi bomba e pedra. E amanhã? Então chegou o momento de todos. E você, presidente Ednaldo, tem que tomar uma determinada decisão para que isso não ocorra mais, para que não tenha mais espaço para esses bandidos, para essas pessoas que não querem o bem do esporte.”
De acordo com nota divulgada pelo Fortaleza, Titi foi ferido com estilhaços e teve que conter sangramentos. Também se feriram o goleiro João Ricardo, o lateral-esquerdo Gonzalo Escobar, o lateral-direito Dudu, o zagueiro Brítez e o volante Lucas Sasha.
Até o momento, a única posição da CBF foi por meio de uma nota, assinada por Ednaldo Rodrigues: “Desejo pronta recuperação a todos os jogadores e profissionais da comissão técnica que foram vítimas desse crime. A CBF seguirá implacável na cobrança e nas ações para que todo e qualquer ato de violência seja varrido do futebol brasileiro.”
Em entrevista ao SportsCenter nesta quinta-feira (22), Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, revelou que o time não quer entrar em campo enquanto os seis atletas lesionados não se recuperarem dos ferimentos físicos ocorridos por conta do atentado e detalhou como está a situação dos jogadores que precisaram ser atendidos em hospital no Recife.
“O Fortaleza não quer voltar a jogar. Não é correto. Nós não queremos voltar a jogar enquanto os agressores não forem punidos. Os jogadores poderiam ter morrido. A filha do Dudu perguntou se ele se machucou no trabalho. Que trabalho é esse? Isso é terrível.”
Foto Destaque: zagueiro Titi. (Foto: Reprodução/Internet)