Brasil pode ficar fora de Paris 2024 no vôlei masculino? Veja cenários

Anderson Silva

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A derrota para a Alemanha, na noite dessa terça-feira (3), no Rio de Janeiro, acendeu um alerta na Seleção Brasileira de Vôlei Masculino. O mau resultado logo na terceira rodada do Pré-Olímpico faz com que a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris através do torneio classificatório seja improvável neste momento.

Para tentar ficar com uma das duas vagas distribuídas na competição, o time comandado por Renan Dal Zotto teria que vencer todas as partidas, incluindo a grande favorita Itália. Outras combinações de resultados são improváveis.

Mas, afinal, o Brasil pode ficar fora dos Jogos Olímpicos de Paris? Mesmo não se classificando via Pré-Olímpico, a possibilidade de a Seleção brasileira não ficar com uma vaga é pequena, já que está bem colocada no ranking da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). Abaixo, veja os cenários e entenda o sistema de classificação.

Bruninho. (Foto: Reprodução/Instagram)

Classificação para Paris 2024

A disputa do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Paris terá 12 equipes. Atual campeã, a França recebeu a primeira vaga por ser anfitriã do evento. Outros seis times se classificam ao fim do Pré-Olímpico que está sendo realizado neste momento. Os dois primeiros de cada uma das três chaves avançam.

Restarão, portanto, cinco vagas para as seleções que ainda não tenham conseguido a classificação até o fim deste mês. É uma dessas vagas, ofertada preferencialmente para continentes sem representantes, que o Brasil deve receber se realmente não se classificar antecipadamente.

Europeus dominando

Se todos os classificados para os Jogos Olímpicos de Paris através do Pré-Olímpico forem europeus (Itália, Alemanha, Polônia, Bélgica Eslovênia e Sérvia), o que ainda pode acontecer, quatro das cinco vagas serão distribuídas ao melhor colocado de cada um dos outros continentes no ranking da FIBV. Neste momento, o Brasil receberia a vaga sul-americana, mas não é bom contar com isso, já que a Argentina está próxima, vive melhor momento, e pode ultrapassar o Brasil em breve.

No pior dos cenários, mesmo atrás da Argentina, as condições para a Seleção brasileira são boas. Distribuídas as vagas para um asiático (neste momento o Japão), um africano (neste momento o Egito), um norte-americano (neste momento os Estados Unidos) e um sul-americano (que poderia ser a Argentina se passar o Brasil), restaria uma vaga para o melhor colocado do ranking da FIVB, sem restrições geográficas.

Quarto colocado do ranking da FIVB neste momento, o Brasil dificilmente seria alcançado por alguma das outras equipes que estaria sem vaga nesse cenário hipotético, já que Itália e Polônia, líderes, estão bem encaminhadas no Pré-Olímpico, e os Estados Unidos se garantiriam pela vaga continental.

A vantagem do Brasil para os demais adversários que viriam abaixo, como Irã, Cuba e Holanda, Turquia e Ucrânia, é muito grande e dificilmente será tirada até junho de 2024, quando as posições serão consideradas.

Levantador Bruninho. (Foto: Reprodução/Instagram)

Cenário mais provável

Ainda tem muito jogo para acontecer, mas é possível imaginar um cenário em que Itália e Alemanha se classifiquem no Grupo A, Estados Unidos e Eslovênia (ou Sérvia) fiquem com as vagas no Grupo B e Polônia e Argentina avancem pelo Grupo C. Nesse contexto, uma vaga seria destinada ao melhor asiático (Japão), e outra ao melhor africano (Egito). Restariam, portanto, três vagas em disputa pelo ranking da FIVB.

Mais uma vez, é improvável que o Brasil perca posição para três concorrentes diretos. Mesmo se a Sérvia se classificar, fato que possibilitaria a Eslovênia a brigar por uma das vagas pelo ranking, time que está mais próximo do Brasil, outras duas seleções que estão muito abaixo teriam que conseguir uma escalada improvável, além de uma queda vertiginosa do Brasil.

Resumindo, é muito improvável que a Seleção Brasileira fique fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Para isso, teria que perder praticamente todos os jogos da Liga das Nações em 2024 e fazer contas.

Foto: Seleção Brasileira de vôlei. (Foto: Reprodução/Internet)

Créditos: CNN.

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