A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira, 30, a saída técnica Pia Sundhage do comando da Seleção Brasileira Feminina após o fracasso na Copa do Mundo Feminina.
A treinadora sueca assumiu a Seleção Feminina em julho de 2019 e foi eliminada na primeira fase da competição mundial, tendo a pior campanha desde 1995.
Nos próximos dias, a CBF deve anunciar a nova comissão técnica, que iniciará o ciclo visando os Jogos Olímpicos Paris 2024 e a próxima Copa do Mundo.
“Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que participou da Copa do Mundo Feminina FIFA 2023 . Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em comunicado.
Pia queria a permanência
Após a vexatória eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, Pia Sundhage mandou uma mensagem a Ednaldo Rodrigues. A treinadora pediu ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que o trabalho seja mantido.
Depois do empate com a Jamaica, que eliminou o Brasil do Mundial, a sueca foi questionada sobre a continuidade e lembrou que tinha vínculo até dezembro de 2024
Além da eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, Pia fracassou também nas Olimpíadas de Tóquio. Na ocasião, o Brasil caiu nas quartas de final, nos pênaltis, para o Canadá. Na Copa América, porém, o Brasil faturou o título. Na Finalíssima, disputada contra a Inglaterra, a Seleção Brasileira foi vice-campeã. Campanha de Pia na Seleção .
A treinadora assumiu o comando da equipe dias após a eliminação na Copa do Mundo da França. Na época, o Brasil enfrentava um momento difícil. Sob comando do técnico Vadão, que era muito criticado, o time chegou para disputar o último Mundial com nove derrotas seguidas. O desempenho na França não foi dos melhores, e caíram nas oitavas para as donas da casa.
De lá para cá, o cenário mudou para seleção brasileira. Pia comandou o Brasil em 57 jogos, com 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas, com 67% de aproveitamento. O destaque da trajetória foi conquista da Copa América de 2022, de forma invicta e sem sofrer nenhum gol.
Mas nem tudo foi positivo, o Brasil passou por momentos difíceis, como a queda nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de 2021, em Tóquio.
Desde sua chegada, a técnica sueca promoveu o que chamava de “renovação”, visando chegar em melhores condições para o Mundial da Austrália e Nova Zelândia. Ela fez vários testes e cerca de 90 atletas passaram pela seleção durante a prepração.
Na convocação para a Copa, vimos a mescla que prometeu, com nomes experientes e jovens promessas. A lista contou com quase 50% de jogadoras novas em relação à convocação para o Mundial da França. Das 23 atletas, 12 eram novidades.
Mesmo com todo o trabalho e o longo processo, a seleção de Pia teve a pior campanha em Copas do Mundo nos últimos 28 anos. Eliminada na fase de grupos, a técnica afirmou em coletiva que quer cumprir o contrato com a seleção brasileira, que termina depois da Olimpíada do ano que vem, em Paris. “Quanto a mim, meu contrato se encerra no dia 30 de agosto do ano que vem”.
Fonte: Redação Terra
Foto Destaque: Técnica Pia. (Foto: Reprodução/internet)