Ao passar pelos corredores históricos do futebol nordestino, era fácil encontrar Pernambuco como uma das potências dominantes. Mas a maré mudou e a força de um estado que outrora brilhava está hoje concentrada na tenacidade do Sport Recife. A questão que se impõe é: até quando o Leão da Ilha pode sustentar sozinho o peso da tradição futebolística pernambucana?
Enquanto o Sport marca território, liderando a série B e arrancando suspiros com sua quase eliminação do todo-poderoso São Paulo no Morumbi, os outros “gigantes” de Pernambuco parecem estar ajoelhados. O Náutico, com uma luta desesperada para se manter vivo na série C, e o Santa Cruz, que após uma campanha desastrosa na série D, está à beira de um abismo sem volta, não apresentam o vigor de anos atrás. E, para agravar a situação, o Santa Cruz precisa agora torcer pelo novato Retrô para ter algum calendário em 2024!
Mas, enquanto Pernambuco parece naufragar, a Bahia e o Ceará avançam pelo território futebolístico do Nordeste. A transformação do Bahia em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) não apenas o mantém na elite, mas também aponta para uma modernização que Pernambuco ainda almeja. Junte-se a isso o Vitória, que marca forte presença na série B, desafiando o próprio Sport pelo título.
E o que dizer do Fortaleza? O clube cearense tem mostrado uma evolução astronômica, não apenas consolidando sua posição na série A do Brasileirão, mas também deixando sua marca no cenário internacional, avançando para as quartas da Copa Sul-Americana.
A verdade inegável é que, enquanto o Sport Recife se ergue como o último bastião de uma era dourada do futebol pernambucano, outros estados nordestinos estão ganhando espaço e mostrando que a bola, no Nordeste, não gira apenas em torno de Pernambuco. Será este o fim da era de ouro do futebol pernambucano? Ou podemos esperar uma reviravolta épica nos próximos anos? Uma coisa é certa: o futebol nordestino está mais vivo do que nunca, e os próximos capítulos desta saga prometem ser emocionantes!