A Inter de Milão disputa a final da Champions League contra o Manchester City neste sábado (10), com transmissão da TNT e da HBO Max, a partir das 13h30 (horário de Brasília). Desafiante ao título diante do elenco poderoso do Manchester City, que busca a tríplice coroa na temporada, a equipe italiana pode se espelhar em uma estratégia utilizada há pouco mais de 13 anos: nas semifinais da competição em 2009/10, contra o Barcelona, a Inter garantiu a classificação para a decisão tumultuando o sistema defensivo.
Na época, o Barcelona de Messi, Iniesta e Guardiola – atualmente técnico do City – vinha de um título da Champions e detinha o posto de “melhor clube do planeta”. O favoritismo do Barça era grande, mas o time de José Mourinho mostrou força na primeira partida do mata-mata com um polêmico 3 a 1.
Por conta do fechamento do espaço aéreo da Europa, causada pela nuvem de cinzas e expelida pelo vulcão islandês Eyjafjallajökull, o Barcelona teve de viajar em torno de 1000 Km pela estrada para chegar à Milão. Durante o jogo, o Barça reclamou de dois pênaltis não marcados, além de um possível impedimento de Sneijder no primeiro gol dos Nerazzuri.
“Parede italiana” faz história
A polêmica se estendeu para o jogo na Catalunha. Para conter o ataque blaugrana, Mourinho optou por um modelo de jogo diferente: tirou Pandev, atacante, e relacionou Chivu, defensor, entre os titulares. Além disso, colocou Eto’o para exercer funções na ala direita, enquanto Diego Milito, o autor dos gols na final contra o Bayern de Munique, ocupou a posição de zagueiro nos últimos minutos do confronto.
As mudanças táticas foram motivadas por uma perda no início da partida. Com 30 minutos de jogo, o meia Thiago Motta foi expulso após um tapa no rosto de Sergio Busquets, que valorizou o lance.
O objetivo de Mourinho era incomodar o Barça, que não costumava disputar partidas com times que abdicavam do jogo. O Barcelona venceu por 1 a 0, mas não conteve a classificação da Inter – no agregado, 3 a 2 para os italianos. Após a partida, o treinador português afirmou que havia sido “a derrota mais bonita de sua vida”.
A Inter de Milão da temporada 2022/23 terminou a fase de grupos da Champions League na segunda colocação do Grupo C. No mata-mata, eliminou Porto, Benfica e Milan, clubes que não postulam na primeira prateleira da Europa.
Por outro lado, o Manchester City acumula os títulos da Premier League e da FA Cup na temporada. Na Champions, passou por grandes clubes como Bayern de Munique e Real Madrid. Agora, quer o título inédito da competição.
Com esperanças em Lukaku e Lautaro Martínez, os torcedores da Inter querem o tetracampeonato. Apesar de não serem os favoritos ao troféu, sabem que podem se espelhar em um time histórico que derrubou, coincidentemente, outro grande esquadrão de Pep Guardiola.
Créditos: TNT Sports.
Foto Destaque: Barcelona v Inter Milan – UEFA Champions League – Jasper Juinen (2010 Getty Images, Getty Images Europe)