Sem nenhuma decisão do STJD, o lateral-esquerdo, Igor Cariús, continua como opção do Sport na Copa do Brasil

Geovanna de Paula

Geovanna de Paula

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O lateral-esquerdo Igor Cariús, do Sport, seguirá sendo utilizado normalmente ao longo desta temporada. No dia seguinte à Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ter pedido a suspensão preventiva por 30 dias do atleta rubro-negro e de sete outros jogadores por envolvidos no esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro, o departamento jurídico do Leão afirmou, nesta terça-feira (16), que não foi notificado e que continua considerando Cariús inocente.

A solicitação da Procuradoria precisa agora ser apreciada pelo presidente do STJD, Otávio Noronha. A expectativa, segundo a fonte da Itatiaia ligada ao tribunal, é de que seja o pedido seja acatado “o quanto antes”. “Adianto que, como não somos partes, ainda não recebemos nada do STJD. Só soubemos pela imprensa [do pedido de suspensão preventiva]”, afirmou o vice-presidente Jurídico do Sport, Rodrigo Guedes.

Rodrigo Guedes, jurídico do Sport. Foto: Reprodução/Twitter

Ainda não há um dispositivo legal que impeça os atletas citados de atuarem profissionalmente. E é aí que o Sport segue se garantindo para manter a utilização de Cariús, que é réu na Justiça de Goiás após denúncia do Ministério Público de Goiás por participação num esquema de manipulação de resultados.

O Sport volta a jogar às 20h (de Brasília) desta quarta-feira (17), contra o São Paulo, na Ilha do Retiro, em jogo válido pelas oitavas de finais da Copa do Brasil. Titular na equipe comandada por Enderson Moreira, o atleta é um dos pilares da equipe rubro-negra e vem sendo utilizado normalmente, apesar da investigação em curso. O Sport mantém a mesma posição desde o início. “A decisão do clube é que ninguém pode ser culpado ou penalizado sem o devido processo legal”, reforçou Guedes à Itatiaia.

O próprio técnico Enderson Moreira já afirmou que pretende seguir usando Cariús, equanto não houver impedimento.

Igor Cariús ao lado dos companheiros de equipe. Foto: Rafael Bandeira/Sport

Operação Penalidade Máxima

Os oito foram denunciados pela procuradoria do STJD nos artigos 243 e 243 A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Elas tratam, respectivamente: “Atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende”; e “atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.

De acordo com o MPGO, os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos com cartões amarelos ou vermelhos ao longo de jogos pelas Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e alguns Estaduais de 2023.

 

O apostador Bruno Lopez de Moura é apontado como chefe da quadrilha. Ele está preso. Até aqui, o MP-GO ofereceu denúncia contra diversos jogadores no âmbito da Operação Penalidade Máxima, que já teve duas fases. São eles:

Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense), Romário (Vila Nova), Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota, Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport) e Fernando Neto (São Bernardo).

Outros atletas fizeram um acordo com o MP e se transformaram em testemunhas do caso. Além disso, outros cinco jogadores já foram afastados preventivamente de seus clubes por terem nomes citados em conversas. São eles:

Pedrinho e Bryan Garcia (Athletico, dispensados), Richard (Cruzeiro), Vitor Mendes (Fluminense) e Nino Paraíba (América, dispensado).

Créditos. Itatiaia

Destaque: Rafael Bandeira/Sport

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