O duelo entre Retrô e Náutico terminou em um empate de 1×1 com gols de Souza – Náutico, e de Albano – Retrô. O técnico, Dado Cavalcanti, falou da insatisfação com a arbitragem em alguns momentos do jogo e confessou que o time foi prejudicado. E também avaliou o desempenho do Timbu e do adversário em campo, o treinador relatou que os jogadores amarelados estavam com certo receio de fazer algo mesmo que mínimo e acabar levando outro cartão.
-Eu acredito muito no amadurecimento de nossa equipe nós viemos de uma pré-temporada muito boa que foi citada várias vezes em entrevista e repito mais uma vez, mas a gente só cria corpo mesmo, só cria casca com jogos, com jogos difíceis, adversários difíceis, adversários organizados que é o caso do Retrô, jogos grandes com provocação, com condução inclusive prejudicando a nossa equipe. Não tenho problema em falar sobre isso e creio que isso amadurece a nossa equipe, isso faz com que a gente amadureça, iniciou.
“Eu não posso passar pano em cima de um gol tomado nos acréscimos”
“Eu não posso passar pano em cima de um gol tomado nos acréscimos onde a gente tinha o resultado nas nossas mãos, então é óbvio que isso precisa ser ajustado taticamente e ser comentado internamente, mas para mim é muito satisfatório o poder de agressividade que a nossa equipe vem tendo. Hoje nós precisamos ter uma resiliência muito grande durante o jogo inteiro né.
-Eu acho que o Diego não teve uma noite bacana, tivemos dois pênaltis a favor no primeiro tempo ainda e ele não marcou não sei porquê, eu cobrei a ele durante o intervalo inclusive. Teve que ter o terceiro pênalti para ele marcar porquê aí foi claro demais, não tinha nem como refugar numa condição daquela e com 10 minutos de jogo já tínhamos três jogadores amarelados, acho que o cartão do Gauto foi justo, mas eu não tenho entendo até porque o Júlio foi provocado o jogo todo e ele foi amarelado, ou seja, ele foi tolhido de fazer um jogo que ele costuma fazer de agressividade, de disputas e qualquer disputa que ele.. Eu fiquei um pouco temeroso o jogo inteiro eu fiquei um pouco mais tenso porquê o Júlio é um cara muito intenso e qualquer disputa de bola poderia ser interpretada de outra forma e ele poderia ser expulso.
O treinador ficou tenso e preocupado com o que poderia acontecer com os jogadores, já que logo no começo estava com três amarelados. Dado preferiu poupar os jogadores de possivelmente levar outro amarelo e ser expulso, o professor confessou que não gostou da postura da arbitragem na partida.
-O Galto eu já tirei já no segundo tempo, no comecinho do segundo tempo pelo mesmo motivo, é um jogador de agressividade já tinha um cartão amarelo, eu percebi o Diego falando, apitando muitas faltas no meio e eu visualizei que o pior podia acontecer, então eu acho que isso é um poder de resiliência para todos, para mim também como treinador, isso traz evolução dos nossos atletas em campo. O Pou jogou o tempo todo com um cara dizendo que iria expulsar, que iria expulsar, que iria expulsar. O cara… Ele não pode driblar, então ele não pode ir para cima do adversário, então assim ele fez escolhas erradas o Diego e acabou tolhendo nossa equipe, nossa equipe ficou um pouco amarrada.
“Vamos deixar claro também a qualidade do nosso adversário o Retrô é um time muito organizado, é um time muito bem treinado, é uma equipe que não é à toa que vem fazendo a campanha que vem fazendo. Acho que o jogo foi um jogo muito igual, eu acho que o Retrô foi melhor que a gente no primeiro tempo, teve mais chances, chances claras, mas eu sei também que se a gente faz os gols ou o gol, pelo menos um pênalti no começo do jogo eu acho que talvez mudasse muito a tona, a ideia do jogo”.
“Mas em resumo eu lamento o resultado tivemos o placar em nossas mãos, mas no primeiro tempo não fomos muito bem e no segundo evoluímos, crescemos. E esse é um tipo de jogo que vai nos dar um pouquinho de casca para as próximas partidas difíceis como vamos enfrentar”, afirmou Dado.
O elenco do Timbu teve um pouco de dificuldade para impor o jogo e pressionar o adversário no primeiro tempo, no entanto o técnico da equipe ao ser questionado que o grupo deixou de ser ofensivo, Dado não concordou com essa visão e garantiu que a equipe não deixou de ser ofensiva e nunca vai deixar de ser.
O início nosso foi mais um pouquinho daquele “poxa, onde é que eu vou? Onde é que vou pisar? Como é que eu vou fazer?
– Eu acho que não deixamos de ser ofensivos porque não marcamos mais baixo no primeiro tempo, apenas no primeiro tempo, no segundo tempo nós conseguimos recuperar a bola no campo de ataque várias vezes e acho que se faz uma reflexão em relação a semana nós tivemos um jogo duríssimo no domingo, num campo pesado cheio de areia parecia “beach soccer” o jogo em Alagoinhas e no sol muito quente e dois dias depois menos de três dias depois estávamos voltando a jogar contra um adversário que passou a semana se preparando para esse jogo.
“Então nada mais que normal a gente entender que o início nosso foi mais um pouquinho daquele ‘poxa, onde é que eu vou? Onde é que vou pisar? Como é que eu vou fazer?’ Ter um pouco mais de cautela, mas no segundo tempo voltamos a fazer as marcações altas, eu lamento como eu falei a sequência de jogo”
-O Retrô também tem todo o mérito de ter feito marcações mais altas e agressivas e impedido a gente de jogar. Não é deixamos de ser ofensivos, nunca deixaremos, é propor o jogo, temos mais dificuldade hoje e essa condição de uma semana cheia para um adversário para gente com uma sequência de jogos dura influencia diretamente na performance do atleta e eu fico mais satisfeito ainda de ter finalizado um jogo como esse, onde nossos atletas estavam bem e os atletas adversários ainda com um pouco de peso, com um pouquinho mais de dificuldade, então é um “feedback” positivo do trabalho que está sendo feito nosso, da preparação, da pré-temporada, da recuperação pós-jogo que nós estamos investindo muito nessa condição.
Destaque: Tiago Caldas/CNC