Presidente do Santa Cruz lamenta adiamento da estreia e cita quais os próximos passos do clube para solucionar o problema

Anderson Silva

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O fim de semana do Santa Cruz não terminou como o esperado para o torcedor e nem para a diretoria. O presidente do clube, Joaquim Bezerra comentou por meio da assessoria do clube o adiamento da partida que iria acontecer no último domingo(23). O mandatário achou exageradas as medidas adotadas pela polícia militar com relação aos laudos.

“Eu acho que houve, na verdade, um rigor muito grande. No tocante à quantidade de público que o estádio iria receber, apenas 3 mil torcedores, em qualquer local do Arruda você consegue acolher 3 mil torcedores com segurança, seja na arquibancada do escudo, seja na social, atrás da barras, nas próprias cadeiras… Então, acho que existiu um excesso de rigor. Vamos buscar um entendimento com a Polícia Militar, para que isso seja feito de uma forma tranquila e pacífica na próxima semana”, comentou.

Foto: Rafael Melo

O presidente falou sobre o adiamento do jogo ter sido a melhor alternativa para o clube, apesar da frustração da torcida do Santa Cruz. Vale lembrar que a partida iria contar com um público estimado em 3 mil pessoas e o clube contava com esses torcedores para impulsionar as vendas de camisas na loja que fica no Arruda.

“Fazer o jogo sem público não iria contemplar os torcedores, os patrocinadores e o fornecedor de material esportivo, a Volt. Nós precisamos do jogo com público no Arruda para que a loja da Cobra Coral venda no pré-jogo, venda no pós-jogo. Precisamos de uma arrecadação maior, porque a renda do jogo é toda revertida para o pagamento de jogadores e funcionários, e demais despesas de funcionamento do clube. Então, fazer jogo sem público nós já passamos dois anos. E o sofrimento está muito grande. O Santa Cruz não aguenta mais fazer jogo sem público”, disse.

Próximos passos do Santa Cruz

Sem jogar nesse final de semana, o Santa Cruz volta as suas atenções para a partida do próximo sábado(29), fora de casa, diante do Caruaru City. O próximo jogo do Santa Cruz marcado para o Arruda é daqui a 12 dias, contra o Íbis. Até lá, a diretoria tricolor pretende solucionar os problemas com relação aos laudos e vistorias.

“Na próxima semana, nós teremos reunião com a Polícia Militar e com qualquer outro órgão que seja necessário para a liberação do estádio. Nós precisamos, numa conversa franca e aberta, pedindo auxílio da própria Polícia Militar, para que nos indique quais são as prioridades, para que a gente possa de imediato ter o estádio reaberto para o público. Porque se a gente não conseguir chegar num consenso sobre isso, a única forma que a gente vai ter que recorrer para resguardar os direitos do Santa Cruz é ajuizar uma ação. E acho que esse caminho de ajuizar uma ação não é bom para ninguém. Não é bom para a Polícia, para os demais órgãos do Governo, e nem mesmo para o Santa Cruz. Mas nós não vamos abrir mão do nosso direito de jogar na nossa casa, com o nosso público”, afirmou Joaquim Bezerra.

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