O Atacante Vinícius chegou ao Náutico na metade da temporada passada, mas rapidamente virou o preferido da torcida do Náutico. Só nesta temporada, o atacante marcou 13 gols e deu 10 assistências, quase o mesmo que fez em toda a sua carreira antes de chegar ao Timbu. Em sua melhor temporada, era de se esperar que vários clubes virassem suas atenções para ele, e com o Náutico praticamente fora da luta pelo acesso nessas últimas três rodadas, será ainda mais difícil para o clube segurá-lo.
Vinícius, porém, evitou mais uma vez falar sobre questões contratuais antes do fim da temporada 2021: “Não tem nada definido ainda como eu já disse outras vezes, eu vou fazer as minhas decisões só ao final da Série B e creio eu que o clube e o torcedor serão os primeiros a ficar sabendo. A gente (ele e o clube) ainda não conversou sobre nada, e é uma situação que eu gosto de deixar para o meu empresário, me preocupo em jogar. Eu creio que estou fazendo um bom trabalho aqui no Náutico e isso é devido a todo o meu profissionalismo, da equipe do professor Hélio, da diretoria, de todos, e do meu staff que não me deixa ter essas preocupações extracampo”.
Muitas perguntas foram feitas sobre a sua possível permanência no clube. Quando perguntado sobre o que faria o atacante pensar em ficar no clube, ele não hesitou em dizer que vários fatores o fariam ficar: “Se eu falar de coisas que irão me fazem pensar em ficar no Náutico, eu vou levar um bom tempo aqui. Vocês sabem de coisas que aconteceram até da minha vida particular, sobre meu filho, é uma cidade que eu me dei muito bem, é o meu melhor ano, é um clube que eu me adaptei muito rápido e fácil, desde a minha primeira entrevista eu falei que parecia que eu tinha um ano de clube, mas eu só tinha 5 dias”, comentou Vinícius.
O Timbu teve uma grande campanha de início de campeonato, mas não conseguiu manter a fase boa que começara desde o pernambucano, quando perguntado sobre quais seriam os motivos pelo qual o Náutico não conseguiu ser consistente, Vinícius disse que as perdas de peças importantes ao decorrer do campeonato surtiram um efeito negativo no elenco.
“Eu não posso falar pelo elenco. Lógico que temos nossas conversas, mas cada um tem um modo de analisar as situações. Creio que mesmo a gente conversando, outra pessoa no fundo não tenha o mesmo pensamento que eu. A série B é um campeonato muito difícil, muito longo, tivemos perdas muito grandes como Erick, Wagner, a lesão de Kieza que para mim, como parceiro de ataque e como amigo, me deixou muito triste na época, estou triste ainda porque tenho certeza de que se Kieza não tivesse se machucado, ele é a nossa liderança, ele é um cara diferente dentro de campo, então é um cara que fez muita falta. Mas eu não posso colocar tudo isso nas saídas e lesões porque a gente teve um trabalho a fazer e infelizmente não alcançamos o nosso objetivo. Mas por outro lado eu creio que, já emendando com outra situação, eu cheguei aqui no Náutico e não tive a oportunidade de jogar uma Copa do Brasil, uma Copa do Nordeste e hoje nós atingimos os nossos pequenos objetivos, mas deixando o clube para o ano que vem com todos esses campeonatos. Acho que para o clube isso será muito importante”, analisou o atacante.
Para essas rodadas finais, a chance do Timbu de subir são praticamente nulas, o que faz com que jogar contra o Sampaio Corrêa na segunda-feira seja apenas um jogo para cumprir tabela, mas Vinícius acredita que a equipe se mantém motivada para jogar as partidas, mesmo que elas não garantam o acesso do time: “Eu venho falando isso a uns três jogos, claro que ainda tínhamos chance de subir, mas eu tenho a convicção que o mais importante é você está num país, ou até mesmo no mundo, em que o sonho de uma criança é ser jogador de futebol. Todos os moleques e até mesmo as meninas querem ser jogador de futebol, então eu tenho certeza de que somos privilegiados, de estar em um grande clube, com uma camisa pesada, uma torcida apaixonada e estar exercendo este trabalho. Então eu acho que não tem uma motivação melhor do que essa. 100% é o mínimo que a gente tem que dar dentro de campo, independentemente de ter chance ou não”.
No primeiro turno, o Náutico perdeu no Castelão por 2×0 para o Sampaio. Para que os jogadores tenham uma motivação, a torcida quer que o Náutico devolva o placar que os rivais aplicaram no primeiro jogo, mas Vinícius não acha que a equipe tem que tomar este rumo para buscar motivação para jogar: “Não tem isso de usar a revanche como motivação. Nossa motivação é entrar e vencer o jogo. Nós estamos defendendo um grande clube, então todo jogo a gente tem que entrar para ganhar, independente se temos chance de subir ou se for um simples amistoso de treino. A gente tem que entrar todos os jogos para ganhar, e é essa a nossa motivação”.
Para concluir, Vinícius aprovou o reencontro entre jornalistas e jogadores, que não acontecia em treinos do time desde o começo do ano passado: “Eu prefiro ter esse reencontro. Isso é sinal de que o Brasil está tendo uma evolução, que está aos poucos voltando ao normal. A pandemia ainda está aí, e nós temos que continuar tomando os devidos cuidados, mas é sinal que estamos devagar melhorando e vocês (imprensa) estão voltando ao normal e nós também (jogadores), e eu prefiro olho no olho mesmo”, concluiu o atacante.