Após ter recebido, pela segunda vez, a notícia de que estava acometido pela Covid-19, o atacante Bruno Moraes ainda mantinha esperanças, a depender do reteste, de seguir ajudando o Santa Cruz na difícil missão de permanecer nesta Série C. Mas o diagnóstico positivo foi mesmo confirmado pelo clube coral na última sexta-feira. Agora, vivendo a expectativa de poder retornar à disposição do técnico Roberto Fernandes no jogo contra o Volta Redonda, na próxima segunda-feira, o atleta contou o jeito inusitado que encontrou para manter o seu ritmo físico e voltar a ajudar os companheiros na tentativa de escapar do rebaixamento.
“Foi muito ruim quando me falaram que eu teria que abandonar a viagem. Eu ainda estava com esperança de fazer e o segundo resultado dar negativo, mas deu positivo. É uma sensação muito angustiante. Desde o momento em que aceitei voltar para o Santa, eu quis estar dentro de campo. A gente quer tá ajudando de qualquer forma. Essa notícia do afastamento foi muito ruim. Estou tentando treinar na praia na madrugada para não ter contato com ninguém e não perder a parte física”, disse.
Esse novo formato de treinos encontrado pelo jogador, segundo ele, foi pensado também em forma de não causar encontro com outras pessoas. “A competição já está se afunilando, e eu estou tentando minimizar essa perda de treinos fazendo treinos individuais na praia, na madrugada, onde não tem ninguém, para também não ser irresponsável e passar para outras pessoas”, comentou.
Anteriormente, o “General do Arruda” já havia tido contato com o vírus, quando estava nos Emirados Árabes. Mas diferente de agora, desenvolveu sintomas. O atacante ressaltou ainda que já chegou ao Santa Cruz tendo recebido as duas dosagens da vacina.
“Foi a segunda vez. Nos Emirados (Árabes) eu acabei pegando também. Lá eu tive alguns sintomas, nada sério, mas tive dor de cabeça e um pouco de indisposição. Voltei de lá já tendo tomado as duas doses da vacina”, relembrou.
E voltando-se para o delicado momento em que o Tricolor vive, ele reforçou o sentimento de “impotência” causado pelo afastamento do clube. “Eu não estou sentindo absolutamente nada, estou totalmente assintomático, e isso é ainda mais angustiante. Você se sente bem e inteiro, mas é impossibilitado de trabalhar. É muito frustrante, e ainda mais nesse momento que o Santa vive”, frisou.