Rayssa Leal, a “fadinha”, marca geração após medalha de prata com skate, em Tóquio 2020

Anderson Silva

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Kaline Bradley | 27 de julho de 2021.

Colocando grandes nomes do skate feminino do Brasil para trás nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, como Letícia Bufoni e Pamela Rosa, a brasileira Rayssa Leal, de apenas 13 anos de idade, marcou toda uma geração nas Olimpíadas com a estreia da modalidade. 

A “Fadinha”, como é conhecida, mostrou ao mundo que sonhar vale a pena. E foi com segurança, tranquilidade e confiança, que garantiu a medalha de prata para o Brasil. E ganhou carinho e respeito por todos os lados.

Estreia com medalha

Era um domingo entrando na madrugada de segunda-feira e o Brasil parava para acompanhar a estreia do skate feminino nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Três brasileiras disputaram a modalidade que estreava nos Jogos. Além de Letícia Bufoni (considerada um dos nomes mais fortes da história do esporte) e Pamela Rosa (Campeã Mundial de skate em São Paulo), estava a atleta Rayssa Leal, estreante em Olimpíadas e sendo a mais jovem representando o Brasil no evento.

Todos de olho no xodó

Os holofotes voltavam para as experientes atletas do Brasil, mas um “chamego” rondava Fadinha, que aos sete anos já exibia na internet algumas de suas habilidades com o skate. E sempre aparecia vestida com fantasias de fada e super herói. 

Logo nas duas voltas completas na pista, Rayssa mostrou segurança e ousadia com responsabilidade, deixando um país ligado no que poderia acontecer. 

A torcida brasileira invadiu o mundo digital por ela. Celebridades, artistas e anônimos vibravam com a maranhense de Imperatriz.

Eliminações que impulsionaram 

Com as saídas de Pamela Rosa e Letícia Bufoni, Rayssa cresceu na disputa e na confiança. Sempre com leveza e um largo sorriso no rosto a cada manobra. Deixando uma certeza: o sonho caminhava para a realidade.

Mesmo com pouca idade, em cima do skate ela era uma gigante, e mostrava que na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos, uma geração estava sendo marcada pela atleta mais jovem no time Brasil, representando as mulheres e meninas sonhadoras com o  esporte.

Adversárias

Por fim, com a marca de 14.64 na soma das manobras, a Fadinha foi superada pela japonesa Nishiya Momiji (15.26), também de 13 anos. Outra dona da casa, Funa Nakayama, de 16 anos, garantiu o bronze (14.49). As disputas aconteceram no Parque de Esportes Urbano de Ariake. 

Fãs

O grande sucesso que fez em Tóquio, nas pistas e fora delas, fez a Fadinha somar mais de cinco milhões de seguidores Agora, a maranhense espera influenciar ainda mais meninas a praticarem o skate, que em 2020 cresceu 75% entre as mulheres.

“Saber que muitas meninas já me mandaram mensagem no Instagram falando que começaram a andar de skate ou os pais deixaram andar de skate por causa de um vídeo meu, eu fico muito feliz porque foi a mesma coisa comigo. Minha história e a história de muitas skatistas que quebraram todo esse preconceito, toda essa barreira de que o skate era só para menino, para homem, e saber que estou aqui e posso segurar uma medalha olímpica, é muito importante para mim”, disse.

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