Fisiologista do Náutico detalha processo de monitoramento dos atletas em tempo real
Bruno Simões também comparou o nível de competitividade entre a Série B e o Campeonato Pernambucano
Um alicerce dos bastidores da boa campanha que o Náutico vem realizando até então
passa pelo departamento de fisiologia do clube. E adentrando esse universo, Bruno Simões
explicou como o acompanhamento da desenvoltura técnica dos atletas vem sendo feito,
inclusive com acompanhamento em tempo real dos números de cada peça do elenco
durante as partidas.
E é com o auxílio da tecnologia que dados como quantidade de sprints e saltos, ou ainda a
velocidade em campo, são monitorados e posteriormente avaliados junto aos jogadores.
“Quando o jogo está acontecendo, o fisiologista, que no caso sou eu, está com o tablet
acompanhando o que os atletas estão fazendo em tempo real, no jogo. A gente discute isso
no vestiário, no pós-jogo e com os atletas. Temos um acompanhamento em tempo real,
quer seja em treino ou em jogo; quer seja, sprint ou velocidade máxima à distância
percorrida, a quantidade de saltos, então tem uma plataforma que a gente consegue
observar em tempo real esses dados de intensidade”, disse.“A gente consegue perceber, em tempo real, a quantidade de sprints e a distância
percorrida. Um quilômetro, dois, três, quatro, cinco… a gente consegue perceber como tá
os batimentos cardíacos do atleta e a velocidade em que o atleta fez aquela corrida”,
completou o fisiologista.
Vinculado ao tablet, está o Polar, um aparelho utilizado pelo clube alvirrubro para captar
mais dados enquanto a bola rola, seja em treinos ou partidas. A intensidade presente
nesses dois eventos, inclusive, foi atrelada ao modelo de jogo coordenado pelo técnico
Hélio dos Anjos.
“A intensidade que a gente discute muito hoje no nosso modelo de jogo são eventos em alta intensidade e velocidade. É uma marca da plataforma de jogo do professor Hélio dos Anjos.
Essa intensidade é monitorada, no treino ou no jogo. No jogo, temos um dispositivo que os atletas utilizam que é chamado de Polar, que é uma fita que eles utilizam junto ao corpo, onde conseguimos perceber como os atletas estão em relação à frequência cardíaca, ou seja, como o coração tá batendo, quantos sprints fizeram…”, afirmou.
PE e Série B
Comparando as duas competições em que o Náutico disputou na temporada deste ano, o
fisiologista do Alvirrubro colocou a Série B do Campeonato Brasileiro como uma disputa
com um nível de intensidade e volume elevados, em comparação com o Pernambucano – o
qual o Náutico se sagrou campeão neste ano.
“Na Série B, a gente consegue perceber que em relação ao Campeonato Pernambucano, o nível de intensidade e volume desta competição, de fato, é mais alta. O nível de competitividade é maior e a capacidade técnica dos atletas é um pouco maior.
Consequentemente isso faz com que o volume e a intensidade das equipes aumente
também. É interessante frisar que depende muito do modelo de jogo e do padrão da
equipe”, concluiu Bruno.